segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
E por falar em comida .....
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
Encomendas para o Natal
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Graham's no Bolo Rei....
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
terça-feira, 8 de novembro de 2016
Arroz de Pato
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
Bolo Rei
Diz a história que teriam sido os três reis magos, Gaspar, Belchior e Baltazar a dar origem ao famoso Bolo-Rei, simbolizando os presentes que os magos levaram ao Menino Jesus aquando do seu nascimento: o ouro, a mirra e o incenso.
De acordo com a simbologia, a côdea simboliza o ouro, as frutas, cristalizadas e secas, representam a mirra; e o aroma do bolo assinala o incenso. Certo é que o bolo, devido às frutas e à forma circular com um buraco no centro, aparenta uma coroa incrustada de pedras preciosas.
Depois, também a fava e o brinde, hoje em desuso alegadamente por questões de segurança alimentar, têm uma explicação tradicional. Segundo a lenda, quando os Reis Magos viram a estrela que anunciava o nascimento de Jesus, disputaram entre si qual dos três teria a honra de ser o primeiro a brindar o Menino. Com vista a acabar com aquela discussão, um padeiro confeccionou um bolo escondendo no seu interior uma fava, para que aquele que a apanhasse fosse o primeiro a entregar o presente. A história não conta no entanto, qual dos três, Gaspar, Baltazar ou Belchior, foi o feliz contemplado.
Até há bem pouco tempo, ditava a tradição que quem recebesse a fatia com a fava, teria de oferecer o Bolo Rei no ano seguinte. A fava, amaldiçoada pelos sacerdotes Egípcios que a viam como alojamento para os espíritos é considerado o elemento negativo, representando uma espécie de azar.
O brinde era colocado no bolo como forma de presente. Havia quem colocasse nos bolos pequenas adivinhas cuja recompensa seria meia libra de ouro. Outros incluíam propositadamente as moedas de ouro na massa, como forma de agradecimento. Com o passar do tempo o brinde passou a ser um pequeno objecto metálico de valor apenas simbólico e mais tarde, com as regras comunitárias, tanto o brinde como a fava acabaram por ser interditados.
Pondo de parte os mitos, e buscando uma explicação mais científica, os registos antigos demonstram que os romanos usavam as favas para a prática inserida nos banquetes das Saturnais, durante os quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também designado Rei da Fava, porque era escolhido usando favas para tirar à sorte. Terá sido a Igreja Católica a relacionar este jogo, característico do mês de Dezembro, com a Natividade e, depois, também com a Epifania (os dias entre 25 de Dezembro e 6 de Janeiro).
Esta última data acabou por ser designada pela Igreja como Dia de Reis, do qual ainda hoje em Espanha se mantém a tradição para a oferta dos presentes às crianças, em vez do dia 24 ou 25 de Dezembro, como é costume em Portugal.
Em tempos idos havia ainda uma outra tradição, a de que os cristãos deveriam comer 12 bolos-reis, entre o Natal e os Reis, festa celebrada na corte dos reis de França.
É daí, de França, que surgem as primeiras evidências do uso do Bolo-Rei, da corte de Luís XIV. Vários escritores escrevem sobre ele, e Greuze celebrou-o num quadro, exatamente com o nome de Gâteau des Rois.
Curiosamente, devido ao nome e à conotação com a realeza, o Bolo-Rei foi proibido após a Revolução Francesa, em 1789, tendo os pasteleiros mudado o nome do bolo para poderem continuar a confeccioná-lo. Por cá, depois da proclamação da República, a proibição do bolo-rei esteve também prestes a acontecer, mas sem sucesso.
Tanto quanto se sabe, a primeira casa onde se vendeu Bolo Rei em Portugal foi em Lisboa na Confeitaria Nacional, por volta do ano de 1870, bolo feito pelo afamado confeiteiro Gregório através duma receita que Baltazar Castanheiro Júnior trouxera de Paris.
No Porto foi posto à venda pela primeira vez em 1890 por iniciativa da Confeitaria Cascais feito segundo receita que o proprietário Francisco Júlio Cascais trouxera de Paris.Assim o Bolo Rei atravessou com êxito os reinados da rainha D. Maria II e dos reis D. Pedro, D. Luis, D. Carlos e D. Manuel II.Com a proclamação da República em 5 de Outubro de 1910 chegaram a Portugal os maus tempos para o Bolo Rei.
Devido ao nome, o bolo tinha que desaparecer ou então… mudar de nome.
Os menos imaginativos deram-lhe o nome de ‘ex-bolo rei’, mas a maioria chamou-lhe bolo de Natal ou bolo de Ano Novo. A designação de bolo Nacional seria a melhor, uma vez que remetia para a confeitaria que o tinha introduzido em Portugal, e também por estar relacionado com o país o que ficava bem em período revolucionário.Não contentes com nenhuma destas ideias os republicanos mais radicais chamaram-lhe bolo Presidente até houve quem lhe chamasse bolo Arriaga.
Daí até aos dias de hoje, o negócio dos bolos-rei alastrou das Confeitarias e Pastelarias aos super e hipermercados e hoje qualquer boa mesa de consoada natalícia não dispensa o famoso bolo, que apesar do nome poderá ter consistências e sabores muito diferentes, consoante o local em que é produzido e as receitas que têm por base."
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
Ghaham's
Enfeites
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
Conventuais
sábado, 10 de setembro de 2016
Chutneys ...
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
Bife Wellington
O bife de Wellington
O bife wellington, ou wellington steak – um filé mignon embrulhado em massa geralmente folhada e assado no forno –, voltou à berlinda. Gordon Ramsay, um dos grandes chefs da Inglaterra, contribuiu para esse upgrade. Ele deu um toque pessoal à receita original. Os livros e a internet a difundiram mundialmente. No Rio de Janeiro, o chef Claude Troisgros, um dos melhores presentes que a França já deu ao Brasil, também divulgou uma receita do bife wellington no reality show de gastronomia Que Marravilha!, do canal GNT.
É prato típico da cozinha inglesa, apreciado pelo efeito elegante à mesa e irresistível suculência. Mas comporta variações. A maioria dos cozinheiros usa um bloco inteiro de filé mignon. Outros o cortam em porções individuais. Quase sempre fritam antes a carne na manteiga, deixando-a malpassada. Depois a embrulham na massa e levam ao forno. Gordon Ramsay faz diferente. Ele coloca o filé no forno também na etapa preliminar. Entre a carne e a massa pode ir patê, inclusive de foie gras, molho duxelles ou de cogumelos, além de presunto, etc. Enfim, a receita pode trocar o filé por salmão, cordeiro ou salsicha.
O bife wellington homenageia o comandante britânico que, apoiado pelo general prussiano Gebhard von Blücher, derrotou Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo, em 1815. Chamava-se Arthur Wellesley (1769–1852), nasceu na Irlanda e morreu na Inglaterra, aclamado como herói e soberbamente recompensado. Recebeu o título de primeiro duque de Wellington – daí o nome do prato – justamente graças às vitórias contra as tropas napoleônicas. Pela extraordinária força física e inflexível vontade, ainda ficou conhecido como o Duque de Ferro (the Iron Duke).
Também os portugueses o têm como herói. Ele os ajudou a expulsar as tropas napoleônicas do seu país, as mesmas que obrigaram D. João VI a mudar com a corte para o Brasil. Os portugueses relacionam Wellington a outro prato famoso. Quando estabeleceu seu quartel-general nos Armazéns de Lavos, no sul de Figueira da Foz, ele conheceu a canja de galinha. Descreveu a receita em carta à mulher. Ao ler a correspondência, a duquesa de Wellington ficou espantada e contou isso em suas memórias. O marido não sabia cozinhar e comia apenas para matar a fome.
Wellington não se notabilizava pelo bom gosto à mesa. Gostava de pratos gordurosos e indigestos. Comia tão rápido que os companheiros de mesa não conseguiam acompanhar o ritmo. Cozinheiros contratados para servi-lo pediram demissão, frustrados por não conseguirem demonstrar as qualidades ao patrão. Nesse sentido, parecia Napoleão, cujo prato favorito era a sopa do soldado, à base de feijão e batata, uma gororoba tão espessa que a colher de pau, introduzida no centro da panela, ficava em pé por alguns segundos.
Nem todos estão convencidos de que o herói britânico provou o bife wellington. Alguns dizem que a receita foi batizada não exatamente em sua homenagem, mas às suas botas: quando pronto, o prato se torna um cilindro marrom claro, igual ao calçado de couro do vencedor de Napoleão.
A especialista em culinária Clarissa Dickson Wright, muito popular na Inglaterra durante a década de 90, ao lado de Jennifer Paterson, pela série de TV Two Fat Ladies, igualmente acreditou tratar-se de homenagem indireta.
Segundo ela, a receita foi criada para uma recepção cívica na cidade de Wellington, capital da Nova Zelândia, obviamente batizada com o nome do herói britânico. Por último, há uma hipótese que os ingleses talvez julguem indigesta. O bife wellington viria do filet de boeuf en croûte dos franceses. Um cozinheiro inglês, imbuído de sentimento patriótico, teria trocado o nome na época das guerras napoleônicas. Nesse caso, a cada dentada no apetitoso filé confirmamos a frase imortal do francês Antoine de Lavoisier, pai da química moderna: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo setransforma.